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quinta-feira, 25 de março de 2021

COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA (III)

Trecho de texto apresentado na disciplina Autocomposição de Conflitos: Negociação, Conciliação e Mediação, do curso Direito bacharelado, da UFRN.

Uma das vantagens e facilidades de se lançar mão da CNV, é o fato de as pessoas com quem estamos nos comunicando não precisarem conhecê-la, ou mesmo estarem motivadas a se comunicar compassivamente conosco. Contudo, nem tudo são flores… o autor admite que nem sempre os frutos advindos com o processo e aplicação da CNV acontecem rapidamente. Mas ele afirma, todavia, que a compaixão invariavelmente há de florescer, quando nos mantemos fiéis aos princípios e ao processo da CNV.

No processo da Comunicação Não-Violenta, a qual permite chegar ao mútuo desejo de nos entregarmos de coração, devem ser observados/seguidos quatro componentes, a saber: 1) observação; 2) sentimento; 3) necessidades; e, 4) pedido.

Em primeiro lugar vem a observação. Devemos observar o que está de fato acontecendo numa dada situação, sem, contudo, fazer nenhum tipo de julgamento ou avaliação. Deve-se, simplesmente, dizer o que nos agrada ou não na situação ou nas pessoas envolvidas.

Em segundo lugar, o sentimento. Devemos identificar como nos sentimos quando nos deparamos com determinada situação: se alegres, assustados, irritados, ou ainda, magoados.

Em terceiro lugar, vêm as necessidades. É importante reconhecermos quais de nossas necessidades têm ligação aos sentimentos que identificamos em determinado contexto.

Ora, temos consciência desses três componentes quando utilizamos a CNV para expressar, de maneira clara e honesta, como estamos. Mas ainda falta-nos uma última coisa.

Em quarto lugar, o autor aponta o pedido. Este componente enfoca o que queremos da outra pessoa, com o fito de enriquecer nossa vida ou torná-la mais maravilhosa. Com esta última expressão, Marshall deixa transparecer ao leitor que uma pessoa que faz uso da CNV em seu dia a dia tem uma vida completa, realizada e feliz.

Vale salientar que, de acordo com o autor, a CNV consiste em expressar esses quatro componentes acima elencados tanto na forma verbal, quanto por outros meios. E mais, Rosenberg aponta mais uma vez que a CNV é uma via de mão dupla. À medida que mantivermos nossa atenção concentrada nessas áreas e ajudarmos os outros a fazerem o mesmo, estaremos estabelecendo um fluxo de comunicação dos dois lados, fazendo a compaixão manifestar-se naturalmente.

Referência: ROSENBERG, Marshall B.. Comunicação não-violenta: técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais. São Paulo: Ágora, 2006. 285 p. Tradução: Mário Vilela, pp. 19-36.


(A imagem acima foi copiada do link Oficina de Ideias 54.) 

sexta-feira, 19 de março de 2021

COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA (I)

Trecho de texto apresentado na disciplina Autocomposição de Conflitos: Negociação, Conciliação e Mediação, do curso Direito bacharelado, da UFRN.

Marshall B. Rosenberg: grande estudioso da chamada comunicação não-violenta.


1. Do fundo do coração – O Cerne da Comunicação Não-Violenta (pp. 19-36)

O autor Marshall B. Rosenberg inicia o capítulo primeiro da sua obra “Comunicação Não-Violenta – Técnicas Para Aprimorar Relacionamentos Pessoais e Profissionais” dizendo acreditar ser da natureza humana gostar de dar e receber de forma compassiva.

Assim, continua o autor, tem se preocupado, durante a maior parte da sua vida, com duas questões principais, a saber: 1) o que nos faz desligar de nossa natureza compassiva, levando-nos a nos comportarmos de maneira violenta e na exploração de outras pessoas; 2) O que faz com que algumas pessoas continuem ligadas à sua natureza compassiva, mesmo diante das situações as mais penosas. 

Segundo Rosenberg, tais preocupações teriam começado na sua infância, nos anos de 1943, quando sua família mudou-se para a cidade de Detroit (EUA). Nesta época, eclodiu um conflito racial, iniciado devido a um incidente num parque público. Nos dias subsequentes, mais de quatro dezenas de pessoas foram mortas. 

O autor conta que, como o bairro onde moravam ficava no centro daquela violência, tanto ele, quanto sua família, passaram três dias trancados em casa. Terminados os tumultos e iniciadas as aulas, Marshall, um menino judeu, conta que foi agredido por dois colegas de classe.

Desde aquela época – verão de 1943 – ele conta que vem examinando as duas questões examinadas alhures. Citou, inclusive, o exemplo de Etty Hillesum, uma sobrevivente de um campo de concentração na Alemanha nazista, que vivenciou grotescas condições de vida, mas continuou compassiva. Enquanto analisava os fatores que afetam nossa capacidade de nos mantermos compassivos, Marshall ficou impressionado com o papel crucial da linguagem e do uso das palavras. 

A partir de então, o autor identificou uma abordagem específica da comunicação – falar e ouvir –, a qual leva as pessoas a se entregarem de coração, ligando-se a si mesmas e aos outros de uma maneira tal que permite o florescimento da nossa compaixão natural. A esta abordagem específica o autor Rosenberg denominou Comunicação Não-Violenta, utilizando o termo não-violência na mesma acepção que lhe atribuía o indiano Gandhi. 

Marshall salienta que, apesar de podermos não considerar “violenta” a maneira de falarmos, nossas palavras, não raras as vezes, induzem à mágoa e à dor, tanto para os outros quanto para nós mesmos. No livro, ele utiliza a abreviatura CNV para referir-se à comunicação não-violenta.


Referência: ROSENBERG, Marshall B.. Comunicação não-violenta: técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais. São Paulo: Ágora, 2006. 285 p. Tradução: Mário Vilela, pp. 19-36.

(A imagem acima foi copiada do link Box Nova Escola.) 

segunda-feira, 8 de março de 2021

GÊNESIS - ORIGEM DO MUNDO E DA HUMANIDADE (XIV)

AMBIGUIDADE HUMANA E GRAÇA DE DEUS


11
A pretensão da cidade - 1 O mundo inteiro falava a mesma língua, com as mesmas palavras. 2 Ao emigrar do oriente, os homens encontraram uma planície no país de Senaar, e aí se estabeleceram. 

3 E disseram uns aos outros: "Vamos fazer tijolos e cozê-los no fogo!" Utilizaram tijolos em vez de pedras, e piche no lugar de argamassa. 4 Disseram: "Vamos construir uma cidade e uma torre que chegue até o céu, para ficarmos famosos e não nos dispersarmos pela superfície da terra".

5 Então Javé desceu para ver a cidade e a torre que os homens estavam construindo. 6 E Javé disse: "Eles são um povo só e falam uma só língua. Isso é apenas o começo de seus empreendimentos. Agora, nenhum projeto será irrealizável para eles. 7 Vamos descer e confundir a língua deles, para que um não entenda a língua do outro".

8 Javé os espalhou daí por toda a superfície da terra, e eles pararam de construir a cidade. 9 Por isso, a cidade recebeu o nome de Babel, pois foi aí que Javé confundiu a língua de todos os habitantes da terra, e foi daí que ele os espalhou por toda a superfície da terra.   


 Bíblia Sagrada - Edição Pastoral (Paulus, 1998), Antigo Testamento, Livro do Gênesis, capítulo 11, versículos 1-9 (Gn. 11, 1-9).


(A imagem acima foi copiada do link InfoEscola.) 

sábado, 15 de agosto de 2020

"Argumentação é o tipo de discurso em que os participantes tematizam pretensões de validade controversas e procuram resolvê-las ou criticá-las com argumentos".

Jürgen Habermas, Una Biografia" — Centro Nacional de Cultura

Jürgen Habermas (1929 - ): filósofo e sociólogo alemão, um dos integrantes da famosa Escola de FrankfurtHabermas é na contemporaneidade um dos teóricos mais estudados no campo das ciências humanas e sociais - Direito, Filosofia, Psicologia, Sociologia. Ele dedicou sua vida ao estudo sobre democracia e ganhou fama pelas teorias relacionadas à racionalidade comunicativa e à esfera pública.


(A imagem acima foi copiada do link Centro Nacional de Cultura.)

quarta-feira, 24 de junho de 2020

"Aja antes de falar e, portanto, fale de acordo com seus atos".

Confúcio - Filosofia, vida e obras

Confúcio (551 a.C. - 479 a.C.): grande filósofo e pensador chinês. Apesar dos milênios, filosofia de Confúcio venceu os tempos e chegou até os nossos dias. Em seus ensinamentos, o mestre chinês ressaltava valores como a moralidade - tanto pessoal, quanto governamental -, a justiça, a sinceridade e procedimentos corretos (honestidade) nas relações sociais.

Ah, Confúcio, se as autoridades brasileiras atuais seguissem seus ensinamentos... talvez não estivéssemos numa crise tão 'braba' como a que estamos atravessando...


(A imagem acima foi copiada do link Estudo Prático.)

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

POR QUE OS CACHORROS INCLINAM A CABEÇA?

Alimente sua curiosidade e aumente seus conhecimentos.

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Já perceberam que os cachorros, em muitas situações, costumam inclinar a cabeça quando estamos falando com eles? Será que estão tentando transmitir algum sentimento ou tentando se comunicar?

As opiniões se dividem, tanto entre os especialistas, como entre os que apenas gostam desses animais. Muitas pessoas (leigas) juram que os cachorros estão se esforçando para entender aquilo que falamos com eles. Pode ser...

Há quem diga tratar-se de um sinal social. Para os defensores desta tese, talvez o pet reconheça que respondemos a esta postura em particular dele, de forma positiva. Assim, o cãozinho adota esta posição (inclina a cabeça), pois "acha" que é mais provável conseguir sorrisos e recompensas quando age assim.

Os especialistas, por seu turno, afirmam que a inclinação da cabeça tem muito a ver com a chamada capacidade de empatia de um cachorro. Explica-se: os cães evoluíram para serem bons em compreender o comportamento dos humanos, tornando-se capazes de "ler" nossa linguagem corporal, gestos faciais, padrões de fala... tudo isso almejando ter empatia conosco, facilitando o convívio amigável entre as duas espécies - algo que deu certo e se perpetua por milênios.

Logo, os cães são capazes de reconhecerem certos tons vocais e associarem a afeto, brincadeiras, passeio e, principalmente, comida. Assim, quando esses animais inclinam a cabeça, é muito provável que estejam tentando filtrar - ou até mesmo entender - o que estamos dizendo. Ao fazerem isso, eles conseguem identificar as partes familiares de nossa linguagem, sejam as emoções expressas num tom de voz diferente, sejam as expressões faciais ou gestos bruscos.      

Os cachorros estão realmente tentando ouvir de perto algo que eles possam reconhecer. Mesmo que estes animais tenham a capacidade que os permite ouvir sons que nós humanos não podemos, eles não são tão bons quanto nós para descobrir a origem do som. Assim, alguns especialistas defendem, piamente, que quando um cachorro inclina a cabeça ele está, na verdade, tentando ajustar as orelhas externas para melhor detectar de onde um som se origina.

Outros especialistas defendem, ainda, que a inclinação da cabeça canina tem algo a ver com uma resposta a estímulos visuais, não apenas auditivos. Eles sugerem que o focinho de um cachorro pode, sim, dificultar a visualização da fonte de um som. Então, ao inclinar a cabeça o cão pode ver melhor nosso rosto e ler nossas expressões, algo no qual são muito bons.



Fonte: Lassie, com adaptações.

(A imagem acima foi copiada do link Lassie.)

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

"As cinco essenciais habilidades empreendedoras para o sucesso são concentração, discernimento, organização, inovação e comunicação".


Michael Faraday (1791 - 1867): físico e químico britânico. Considerado um dos cientistas mais influentes de todos os tempos, tendo sido descrito certa vez como o "melhor experimentalista na história da Ciência", este renomado cientista fez importantes contribuições para as ciências, mormente a Física e a Química. 


(A imagem acima foi copiada do link Londontopia.)

sábado, 29 de junho de 2019

“O líder do mercado hoje em dia não será, necessariamente, o líder de amanhã”.

Resultado de imagem para Ma Huateng

Ma Huateng (1971 - ): bilionário e um dos homens mais ricos da China, possui uma fortuna estimada em US$ 40 bilhões (quarenta bilhões de dólares). Conhecido também como Pony Ma, ele é co-fundador e presidente do conselho da Tencent. A Tencent é uma empresa chinesa e, após 2011, se tornou a quinta maior empresa de Internet do mundo (atrás do Google, Amazon, Alibaba e eBay) Ela atua na Internet, comunicações e mídias digitais. 


(A imagem acima foi copiada do link Finance Twitter.)

domingo, 16 de outubro de 2016

E QUEM SOU EU?


"Nesta altura da vida já não sei mais quem sou... 

Vejam só que dilema!!! 



Na ficha da loja sou CLIENTE, no restaurante, FREGUÊS. Quando alugo uma casa, INQUILINO. Na condução, PASSAGEIRO, nos correios, REMETENTE, no supermercado, CONSUMIDOR. 

Para a Receita Federal, CONTRIBUINTE. Se vendo algo importado, sou CONTRABANDISTA. Se revendo algo, sou  MUAMBEIRO. Se o carnê tá com o prazo vencido, INADIMPLENTE. Se não pago imposto, SONEGADOR

Para votar, ELEITOR, mas em comícios sou MASSA. Em viagens, TURISTA. Na rua, PEDESTRE. Se sou atropelado, ACIDENTADO, no hospital, viro PACIENTE

Nos jornais sou VÍTIMA. Se compro um livro, LEITOR. Se ouço rádio, OUVINTE. Para o Ibope, sou ESPECTADOR. Para apresentador de televisão, TELESPECTADOR. No campo de futebol, TORCEDOR. Se sou corintiano, SOFREDOR

E, quando morrer... uns dirão... FINADO, outros... DEFUNTO, para outros... EXTINTO, para o povão...PRESUNTO... Em certos círculos espiritualistas serei... DESENCARNADO, evangélicos dirão que fui...ARREBATADO...  E o pior de tudo é que para todo governante sou apenas um IMBECIL!!! 
  
E pensar que um dia já fui mais EU".


Outro bem-humorado texto atribuído a Luiz Fernando Veríssimo (1936 -): autor de teatro, cartunista, músico, roteirista de televisão, romancista e tradutor brasileiro - com adaptações.


(Imagem copiada do link Pela Cruz Me Chamou.)

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

INTERAÇÕES COMUNICATIVAS

Como foram classificadas as interações feitas pelo homem no processo comunicativo? Se você deseja saber, mas não quer ler aqueles livros chatos, 'se liga' nesse resumo:
As interações feitas pelo homem através dos diversos meios de comunicação foram classificadas por John B. Thompson em três tipos: “interação face a face”, “interação mediada” e “quase-interação mediada”.
Na interação face a face os indivíduos estão presentes e partilham um mesmo sistema referencial de espaço e de tempo, acontecendo num contexto de co-presença. Não há o emprego de um meio técnico. Elas têm um caráter dialógico, implicando num fluxo de ida e volta no sentido das informações. Os participantes podem fazer uso de expressões denotativas como “aqui”, “agora”, “este”, etc., e presumir que estão sendo entendidos. Outra característica da interação face a face é a multiplicidade de deixas simbólicas utilizadas pelos interlocutores: sorrisos, mudanças no timbre de voz, franzimento da testa, dentre outras.
As interações mediadas são dialógicas e acontecem entre interlocutores distantes entre si no espaço, no tempo, ou nos dois. São realizadas através de conversas telefônicas, troca de e-mails, cartas, etc. Diferentemente da interação face a face, a interação mediada utiliza um meio técnico para ser efetivada (fios elétricos, tela do computador, papel) e, por não acontecer num contexto de co-presença, há uma redução nas deixas simbólicas utilizadas pelos participantes.
Já a quase-interação mediada é aquela onde as relações sociais são estabelecidas pelos meios de comunicação de massa: livros, revistas, jornais, televisão, rádio, etc. Esse tipo de interação diferencia-se das anteriores em três características principais:
·         há uma extensa disponibilidade de informação e conteúdo simbólico no espaço tempo;
·         a interação é monológica, ou seja, o fluxo da comunicação é em sentido único;
as formas simbólicas são produzidas para um número indefinido de receptores.

Quem desejar se aprofundar no assunto, uma boa dica é ler o livro A Mídia e a Modernidade, de John B. Thompson.


(A imagem acima foi copiada do link Images Google.)